sábado, 4 de outubro de 2008

Lá vou eu de Novo como um Tolo

Ouça algumas versões da bela canção Retrato em Branco e Preto, de Tom Jobim e Chico Buarque, nas interpretações de Ney Matogrosso, Chico Buarque, João Gilberto, Elis Regina, entre outros.


Retrato em Branco e Preto - Ney Matogrosso




Retrato em Branco e Preto - Chico Buarque



Retrato em Branco e Preto - Tom Jobim



Retrato em Branco e Preto - João Gilberto



Retrato em branco e preto - Elis Regina e Tom Jobim



Retrato em Branco e Preto - Irio de Paula e Phill Woods (instrumental)



Retrato em branco e preto
Tom Jobim - Chico Buarque/1968

Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cór
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar, tanto pior
O que é que eu posso contra o encanto
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto
E que no entanto
Volta sempre a enfeitiçar
Com seus mesmos tristes velhos fatos
Que num álbum de retrato
Eu teimo em colecionar

Lá vou eu de novo como um tolo
Procurar o desconsolo
Que cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras
Versos, cartas, minha cara
Ainda volto a lhe escrever
Pra lhe dizer que isso é pecado
Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado
E você sabe a razão
Vou colecionar mais um soneto
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração

6 comentários:

Anônimo disse...

Ouvi todos, muito bons, mas a interpretação de Ney Matogrosso é simplesmente arrepiante, coisa de louco! Nessa gravação ele está acompanhado pelo Rafael Rabelo, não é? Que voz e que violão!

Yerko Herrera disse...

Felipe, concordo. A interpretação mais emocionante dessa música é do Ney Matogrosso, na minha opinião. Não à toa escolhi que ela ficasse em primeiro na postagem. Mas tu sabe que tem uma versão do Ney Matogrosso mais arrepiante ainda, que me parece ser anterior a esta, entretanto não a encontrei. Mas não sei te dizer se aqui no violão é Rafael Rabelo.

Abração, obrigado pelo comentário. Volta sempre.

Yerko Herrera.

Anônimo disse...

O violão é do saudoso Rafael Rabello, sim, naquele disco histórico "À flor da pele". A interpretação de Ney Matogrosso é magistral: começa tímida, contrita, e num crescendo, explode num abismo emocional.
Certa vez li que Chico Buarque, após assistir a este show de Ney e Rabello, que era um dueto de voz e violão, disse, impactado pela emoção: "Acabei de assistir a um duelo entre um touro e uma serpente", referindo-se à força do violão de Rabello e à sinuosidade de Ney. Lindo isso, só um poeta como Chico mesmo.
Abraços a todos e parabéns pelo bom gosto.

Anônimo disse...

Amo! Adoro o Retrato em branco e preto, andei kilómetros na Net à procura desta versão e aqui a encontrei. Agora estou curiosa com a versão que aqui disseram ser a mais arrepiante. O poema é fantástico também.

Sílvia

Yerko Herrera disse...

Legal Sílvia! De fato não é fácil encontrar está música e as diversas versões pela internet, é uma pesquisa árdua. Fico feliz que seja aqui que tu tenha encontrado.

Sou muito fã dessa música, fazia tempo que queria postar. Tomara que em breve eu ache a outra versão citada pra que tu também possa ouvi-la.

Te espero aqui, bem-vinda!

Beijão!

Anônimo disse...

Ótimas as versões do Nei e da Elis e Tom... Essa da Elis e do Tom baixei outro dia e me apaixonei, eheh...

Bj