sábado, 28 de abril de 2007

Curta Sabino II com Erico Verissimo, Carlos Drummond de Andrade e Vinicius de Moraes

Assista a trechos dos curtas-metragens feitos por Fernando Sabino e David Neves entre 1973 e 1974. Aqui você acompanha aos filmes realizados com Erico Verissimo, Carlos Drummond de Andrade e Vinicius de Moraes.

Impagáveis são os momentos protagonizados por Drummond, Erico Veríssimo e Vinicius. O primeiro volta ao Palácio Capanema, antiga sede do Ministério da Educação onde trabalhou ao lado de Gustavo Capanema nos anos 30, para protagonizar um dos momentos mais divertidos. O contido e sempre discreto mineiro brinca de esconde-esconde nas enormes pilastras da construção modernista e sorri aos montes, faceta pouco vista de alguém que por muitos anos recusou-se a dar entrevistas. Fala ainda da escrita, de Minas – "Criamos um pouco de rocambole com Minas" –, da família, e passeia pelo centro do Rio, toma um ônibus, pára na livraria, outra parada para um cafezinho no boteco, a recriar seu possível itinerário de outrora. Já Erico Veríssimo aparece e sua casa, em Porto Alegre, no bairro de Petrópolis, onde hoje seu filho, Luis Fernando continua morando. Auge da irreverência e intimidade destas pequenas obras-primas, é ver Erico brincando com os netos no quintal de casa, a interpretar dois samurais, Akuda e Oito, e cometer um harakiri, o suicídio que o guerreiro comete ao ver-se derrotado. O escritor gaúcho, que tinha em mente construir a saga do Rio Grande do Sul, volta ainda à sua terra natal, Cruz Alta, e visita o sobrado onde nasceu, à época já local de preservação da sua memória. Por fim, o filme traz o Hotel Majestic, onde o escritor passou sua lua-de-mel, e morada do amigo e poeta Mário Quintana, que hoje nomeia o cento de cultura ali instalado. Vinicius, por sua vez, aparece ao lado de Toquinho, contando a precoce iniciação na poesia e, como não poderia deixar de ser, feita para uma namoradinha, ele com seis, ela com sete anos. Fala do primeiro livro, Forma e exegese, nome pedante que o próprio autor relembra ironicamente, e algo esotérico, antes de se aproximar da vida e passar do pronome da primeira para a terceira pessoa em seus poemas. O filme abre e fecha com o poeta declamando seus versos, que ainda interpreta seu primeiro samba, "Quando tu passas por mim" e enumera suas influências – Pixinguinha e Jayme Ovalle – e parceiros – Tom Jobim, Baden Powell, Carlos Lyra, Edu Lobo, Toquinho. E, por fim, cena antológica, a garota de Ipanema, Helô Pinheiro, em 1973, cruzando a rua que mais tarde levaria o nome do poeta rumo ao bar que hoje leva o nome da música que imortalizou o bairro. A série conta ainda com o curtas-metragens sobre João Cabral de Melo Neto, Pedro Nava, Afonso Arinos de Melo Franco e José Américo.

Fonte: Revista Idiossincrasia

Erico Verissimo, Carlos Drummond de Andrade e Vinicius de Moraes


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